BIOGRAFIA
Irene Felizardo nasceu em 1957, em Albergaria dos Doze, Leiria, Portugal. Após um período significativo como emigrante em França, aprofundou os seus conhecimentos ao formar-se em Contabilidade, onde mergulhou na precisão dos números. Contudo, regressou ao seu país em 1978, escolhendo Lisboa como o seu refúgio e palco para a construção da sua identidade artística. Durante anos, equilibrou-se entre a lógica dos números e a liberdade da criação, permitindo que a arte se entrelaçasse gradualmente com a sua essência, moldando um percurso que, em 2005, se assumiria como a sua verdadeira expressão.
Desde 2005, a pintura tornou-se um território de descoberta e afirmação, impulsionando-a na exploração de múltiplas formas de expressão. Entre 2008 e 2020, aprofundou os seus conhecimentos em duas instituições de referência: o Centro de Arte & Comunicação Visual (Ar.Co) e o Centro de Formação Artística Nextart, em Lisboa. Foi neste contexto de aprendizagem que aprimorou o seu olhar e refinou a sua técnica, guiada por mestres que marcaram a sua trajetória criativa. Na Ar.Co, beneficiou da orientação de Francisca Carvalho, Marcelo Costa, Pedro Tropa, Pedro Calhau e Jorge Vitorino, cujas abordagens despertaram novas dimensões da sua sensibilidade artística. Na Nextart, aperfeiçoou-se sob a mentoria de Rui Tavares e Martinho Costa, entre outros.
Desde 2010, Irene tem inscrito a sua presença no circuito artístico através de exposições coletivas de pintura, integrando bienais, museus, salões e feiras de arte em Portugal e além-fronteiras, como a Espanha, França, Bruxelas, Itália, Suíça e outros destinos.
O seu reconhecimento expandiu-se para a esfera editorial a partir de 2018, quando uma das suas obras figurou na capa da revista [Sem]Equívocos, do Grupo Criador Editora. O seu impacto visual continuou a destacar-se nas edições nº9 de 2019, nº17 de 2021 e nº21 de 2022, consolidando a sua presença neste espaço editorial. Além disso, a sua contribuição artística foi reconhecida no artigo da 7ª edição da publicação (págs. 56/57), reforçando a conexão entre a sua obra e a narrativa literária.
Nos anos de 2022 e 2023, algumas das suas criações foram selecionadas para ilustrar capas de livros, entre os quais “À Vista”, de Steven Seidenberg, “As Memórias de Espinho”, de Luís Capela, e “O Acaso e a Circunstância”, de Rui Brites, aprofundando a interseção entre pintura e literatura.
Para além do seu percurso artístico, Irene tem demonstrado um forte compromisso social, colaborando desde 2015 com diversas instituições sem fins lucrativos, entre as quais a Associação Internacional dos Lusodescendentes (AILD), REALCES Projetos Tátil de Arte, e a Cruz Vermelha Portuguesa, participando no leilão de beneficência realizado por ocasião dos 150 anos da organização.
É na diversidade das várias vertentes artísticas
que se encontra a minha paixão pela arte.